Vivemos em uma era de mudanças rápidas, desafios globais, tecnológicos e humanos. As escolas e a educação estão em constante renovação.  
O Dia da Reforma Luterana nos recorda que a Igreja também vive em constante processo de renovação. No Evangelho de Marcos, capítulo 2, versículo 22, Jesus nos diz: “Põe-se vinho novo em odres novos”. Estas palavras traduzem bem o espírito da Reforma: o Evangelho é o vinho novo que precisa de corações abertos. Não há espaço para o comodismo nem para o legalismo. O vinho novo da graça não cabe em estruturas rígidas, nem em práticas que aprisionam a fé.
Martim Lutero redescobriu esse vinho novo ao anunciar que somos justificados pela graça, mediante a fé. Essa é a essência da Reforma: Deus nos aceita por amor, e não por mérito. É fé, não obras. Essa fé, porém, não é passiva — ela nos liberta para amar e servir. 
Os pilares da fé luterana — somente a Escritura, somente a fé, somente a graça, somente Cristo — continuam sendo o centro da vida da Igreja. Eles nos recordam que a Palavra de Deus é fonte de renovação constante.
A partir do exemplo da Reforma, que mudanças são necessárias em nossas vidas?
Celebrar a Reforma, portanto, é mais do que lembrar um fato histórico de 1517. É reconhecer que Deus ainda age, renovando a sua Igreja e nossas vidas. É permitir que o Evangelho continue fermentando dentro de nós — transformando corações endurecidos em odres novos, cheios do vinho da graça. Que a luz de Cristo brilhe, mostrando que a verdadeira Reforma começa no coração e se manifesta em amor, serviço e esperança.
Nathan Krieger
Professor de Ensino Religioso e Projetos Sociais
Colégio Cônsul Carlos Renaux
Outubro, 2025
                                
                            